Só a revolução digital poderá nos socorrer

 

PODER_POVO
O povo unido jamais será vencido, o povo conectado jamais será derrotado!

O poder do povo pode resolver: o Brasil precisa de uma mudança libertadora. E só a revolução digital poderá nos socorrer.

Remendos não vão resolver. Já somos uma espécie de “Patch work” institucional.

Em uma frase: Precisamos nos converter em nossos próprios libertadores. Vivemos em um país colonizado. Esta crise e seus desdobramentos mostram que estamos aprisionados. Somos servos de nossa própria casta dirigente.

De tanto termos sido colônia, de tanto termos sido servis, de tanto termos sido escravos, de tanto termos sido roubados, de tanto termos apanhado no lombo, pegamos o cacoete. Como cavalos de tração, não sabemos viver sem os arreios. Condicionados a nossa condição de servos e subalternos, aceitamos como natural a divisão do país em duas esferas: a dos senhores e a de nós, o povo.

Essas reminiscências estão de tal modo entranhadas em nossa cultura que aceitamos como normal.

E antes de buscarmos uma nova trilha para mudarmos nosso destino, vale a pena fazermos uma pequena viagem pela nossa história. Podemos, deste modo, tomar consciência de como somos cordeiros, de como nos fizeram submissos, de como foi grande o estrago causado pela dominação colonial. Podemos nos olhar no espelho e perceber as marcas do patrimonialismo que ainda perduram, provocando inequidades centenárias e impondo limites ao nosso potencial.

Podemos examinar, com espírito crítico, eventos, fatos e episódios do país que temos sido e dos costumes prevalentes nos quinhentos anos de nossa história.

O fato é que precisamos entender melhor os nossos “demônios”, os “porquês” de nosso atraso, nossos medos e aflições, para podermos enxergar melhor a profundidade da reforma a ser feita. E para nos darmos conta da urgência da reconstrução.

Esta visita aos fantasmas de nosso passado permitirá um olhar em perspectiva e nos dará mais confiança ao enfrentarmos os desafios da reconstrução.

De início, o mais importante, ao partirmos para esta jornada rumo ao nosso destino digital, é mantermos alta a nossa autoestima.

Estamos com problemas. Muitos são grandes, outros esdrúxulos, outros são pequenos, mas ardidos. Problemas não nos faltam, posto que nosso governo atrai problemas como o imã atrai limalhas. A variedade é grande e são numerosos. Mas o que faz da vida brasileira um inferno é o enredado de problemas-cipó que parece ter vindo direto das profundezas. O que dificulta a caminhada numa floresta, como se sabe, não é a altura das árvores, mas o cipós que nos prendem os pés.

O mais trágico paradoxo de nossa geração é que o Brasil tem tudo – tamanho, clima, áreas agriculturáveis, população – para estar entre os melhores do mundo. Já teve momentos de crescimento em torno de 10% ao ano, mas hoje se encontra imobilizado na areia movediça de suas próprias escolhas e equívocos.

Identificar – sem preconceitos ou paixões – os erros e equívocos e atacar as causas deve estar no centro de qualquer esforço de reconstrução.

O sentimento de frustração que vem de nossa impotência histórica, de nossa incapacidade de superarmos nossos erros, impacta particularmente os jovens, que se vêm perplexos diante de um futuro opaco, que parece não apontar saídas.

Mas o Brasil é veterano em enfrentar crises. No geral, a população brasileira é formada por gente capaz, inteligente e razoavelmente informada. Seu maior pecado é a ingenuidade. É sua propensão em acreditar na retórica e nos demagogos. E dar crédito demasiado aos poderosos, quaisquer que sejam. Figuras que ainda vê aureoladas de atributos que antes eram próprios da realeza.

De uma forma ou outra, entra crise, sai crise, sempre nos safamos. Portanto, essa não é a dúvida. A dúvida é como vamos nos safar desta vez. O preço que vamos pagar e que tipo de novo ciclo estaremos abrindo. Vamos avançar e sair da areia movediça ou, depois de sacrifícios ingentes, vamos voltar a correr atrás do próprio rabo e patinar no mesmo lugar?

Se desejarmos sair deste entra e sai de crises, temos que escolher uma saída que altere o contexto em que o país funciona. Entre as saídas possíveis, como vimos, temos, de um lado, as tradicionais: cortes perfunctórios e superficiais, já que ninguém vai largar o osso sem estrilar, em tandem com aumento da carga de impostos e de outro, para onde seremos empurrados pelas circunstIancias, o salto para o futuro, para o Brasil Digital.

A primeira opção sempre nos tem levado a uma montanha russa de crises recorrentes. Assim que se arruma a casa, voltam os parasitas, penduram-se no Estado e tudo começa de novo. A segunda, a saída digital, é o rumo natural. É um caminho diferente e cheio de promessas. Para muitos dos velhos políticos e atuais detentores do poder, poderá ser uma alternativa assustadora. Como nada conhecem do novo mundo, preferem ficar no velho. Mas para as novas gerações, que se sentem à vontade no mundo digital, o velho é o velho.

Por outro lado, se vamos pensar em uma saída verdadeiramente inovadora, precisamos ter clara a noção de que a “inovação” vem a ser uma nova ideia, um novo conceito ou uma nova solução destinada a atender uma necessidade específica de modo melhorado, novo ou original. De modo melhor.

Ceska – O digitaleiro


 

 

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