A metamorfose do Brasil

Lao Tzu, o grande estrategista chinês, dizia: “Se você não mudar de direção, vai acabar lá para onde você está indo.”

Esta é uma ameaça arrepiante quando se vê para onde levam os caminhos que este governo corrupto e incompetente que temos no Brasil tem escolhido.

A questão é que não adianta fingir que não é conosco. Não adianta olhar para o outro lado. Antes que seja tarde demais, mudar de rumo é preciso. Portanto, pode-se dar como certo que a mudança é necessária, está acontecendo e vai continuar seu curso inexorável.

Neste sentido, a crise cria um momento propício para ampliar o escopo da mudança. aproveitando o vento que sopra a favor.

Aliás, esta crise extrapola tudo o que país já viveu neste terreno, que é fértil em farsas, comédias e operas bufas. Basta lembrar do Baile da Ilha Fiscal, a maior festa da monarquia brasileira e que tinha, como um dos objetivos, reforçar a posição do império. Reforçou tanto que seis dias depois se dava a Proclamação da República. Depois, na Revolução de 1930, tivemos a Batalha de Itararé, que acabou entrando para a história como a “Batalha Que Não Houve”. (Deste episódio nasceu a figura do “Barão de Itararé”, personagem de Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, um dos grandes humoristas políticos brasileiros, que se elegeu vereador no Rio, em 1947, com o slogan: “mais leite, mais água e menos água no leite”). Também Torelly foi autor de outra memorável exortação ao povo brasileiro: “Nunca desista de seu sonho. Se acabou numa padaria, procure em outra”.

Outro episódio das lendas revolucionárias foi a fuga de Leonel Brizola – o novo “herói do povo brasileiro” da esquerda brasileira – vestido de mulher.

O que vemos hoje, com personagens como Dilma, Lula, Eduardo Cunha e Renan Calheiros é mais do que uma crise; é uma autêntica opera bufa ambientada nos trópicos.

Dilma, no papel da Rainha de Copas de Alice no País das Maravilhas, que quer decapitar todo mundo; Lula, que se imagina um Hércules tropical, mas está mais para o Quasimodo, Eduardo Cunha o bufão da república, Renan Calheiros, o chupa-cabras da Dilma. E mais um elenco de coadjuvantes trapalhões.

Mas nem por assistirmos um governo em frangalhos, caindo de maduro, autor de uma crise no melhor estilo esquerdista, podemos imaginar que mudar seja tarefa simples. A resistência dos parasita e potentados que desfrutam dos privilégios do Estado será tremenda.

Ainda assim, a mudança virá. O casulo pode não gostar, mas a borboleta o deixará para trás ao metamorfosear-se para cumprir o curso de seu destino. Chegou a hora da metamorfose do Brasil.

Muitas mudanças morrem na praia porque chegaram cedo demais, ou por terem sido mal encaminhadas. Mas mudanças institucionais se assemelham à revoluções: as que morrem o fazem por chegarem fora do tempo certo. Ou por estarem no rumo errado e não contarem com a adesão popular, especialmente da classe média e dos jovens.

A questão chave, assim, nem é saber se vai mudar. A mudança vai ocorrer por força dos fatos. O governo não cabe no orçamento e está falido. Existe um déficit fora do controle. A presidente está perdida, aturdida, entontecida, atuando na base da raiva e do revanche. Então mudar vai, de qualquer jeito. Ou muda ou muda!.

A questão é saber o quanto vai mudar, quando vai mudar e como vai mudar. Se será uma mudança apenas para manter a cabeça fora d’agua ou se será profunda o suficiente para mudar a direção para a qual estamos indo por inércia. O mais relevante é saber se vamos sair vivos desta mudança.

O problema é que, na medida em que adotamos soluções paliativas, tipo “meia boca”, o grande problema de fundo não se resolve. Nossa história econômica é uma gangorra feita de crise sim, crise não. Ora ficamos sóbrios e adotamos políticas econômicas consistentes, como em parte do governo militar e no governo Fernando Henrique Cardoso, ora caímos no porre e vamos para a sarjeta econômica, como nos governos petistas de Lula e Dilma.

Agora, nesta “crise pixuleco”, estamos no vale e ainda afundando. Nossa moral está ao nível do rés do chão.

Em algum ponto, no futuro, vamos chegar ao fundo do poço. Até lá, se não tomarmos cuidado, a tendência nacional de acreditar em soluções mágicas pode se manifestar e parte do povo pode se encantar com algum novo menestrel de feira livre. Neste caso existe o risco de se deixar engabelar pelos especialistas no “conto da felicidade”.

E, sendo que temos uma inesgotável abundância de demagogos, tudo o que é construído com esforço pode voltar a ser destruído pelo primeiro pilantra que sai à cata de votos fáceis.

Na sequência, podemos entrar em um novo ciclo recorrente da miséria.

E seguirmos mais uma vez pela conhecida trilha do desgoverno. Saques ao Estado, privilégios sem medida e descontrole no ritmo do samba do “Crioulo Doido”.

Sem governo, as estradas voltam a ser sucateadas, hidroelétricas ficam pela metade, a transposição do São Francisco continua incompleta, a Ferrovia Norte-sul, paralisada. É paralisia passando pelo “Minha Casa Minha Vida”. É menos atendimentos no “Mais Médicos”. É a “Pátria Corruptora” substituindo o “Pátria Educadora”.

Diante do descalabro, se parecemos um país em guerra é porque, de fato, estamos em guerra. Em guerra contra o bom senso. Em guerra contra o futuro. E perdendo.

A questão da desvalorização da vida também faz parte desta equação. O noticiário policial mostra uma guerra civil não declarada. Uma guerra que vem sendo travada no dia a dia e que leva angústia à periferia abandonada de nossas cidades. Uma guerra que, antes de ser do tráfico e das milícias, é da falta de oportunidades e de perspectivas. Mas nem por isto menos mortal ou destrutiva. As baixas se contam aos milhares. O fato de ocorrerem nas franjas da sociedade não as tornam menos brutais ou menos cruéis.

As mortes no cotidiano das periferias do Brasil tem histórico diferente das mortes em combate no Oriente Médio, na África e outras regiões de conflito armado. Mas são mortes também.

Neste sentido deveriam preocupar a sociedade. O desperdício de vidas ocorre pela ausência do Estado, pelos equívocos de políticas que se pretendem “sociais”, pela falta de líderes verdadeiramente preocupados em buscar soluções baseadas em evidências, que comprovadamente funcionam, e não naquelas mais falaciosas, enganadoras e falsas.

O estrago é grande. Mas tudo pode mudar da noite para o dia. O Brasil tem  jeito, e o jeito é digital. Crie seu Grupo de Ação Online e ajude a fazer a metamorfose do Brasil. Com inovação e colaboração chegaremos lá.

Ceska – O digitaleiro


 

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