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No Umbral do Abismo

Artigo que o Jornal AVS, de Erechim (RS) publicou em 19 de agosto de 2025

No umbral do abismo
O abismo nos espreita. Estamos no seu umbral. Mas se engana quem acha que seremos empurrados para a escuridão. Já superamos desditas maiores. E nossa resiliência vai mostrar seu valor.
Estamos todos ansiosos por soluções. Sabemos, todavia, como escreveu o “Barão de Itararé”, o jornalista e humorista gaúcho cujo nome verdadeiro era Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, mas que se assinava “Apporelly” e que se adornara de nobreza por meio do título “fake” de “Barão de Itararé”: “de onde menos se espera, de lá é que não vem nada mesmo!”.
O fato é que, parafraseando o Apporelly, cuja pena cáustica dava pesadelos ao seu contemporâneo, o conterrâneo Getúlio Vargas: “o beco é sem saída porque só tem entrada”. Ou seja, não adianta enveredar pelo beco e seus labirintos tortuosos. Sem derrubar murros para abrir saídas vamos ficar encurralados no beco. Vamos ficar patinando, girando em falso e tão encalacrados como vaca atolada.
Então, caros e mui valerosos (se está assim no brasão de Porto Alegre pode estar assim no meu artigo) amigos, como sair desta?
Resposta: Precisamos resetar o Brasil. Fazer um “upgrade”. Não adianta mudar nomes. Precisamos sair do mundo medieval em que estamos enfiados e dar um salto para o mundo do futuro. Nosso sistema nacional é uma diligência. Carcomida. Velha. Obsoleta. Não adianta botar mais cavalos prá puxar. E trocar o cocheiro não resolve.
Pense um minuto: Por que nosso agro é o mais produtivo do mundo? Por que nossos bancos são os mais digitalizados do mundo? Por que o nosso PIX é o sistema de pagamentos mais avançado do mundo? A resposta é que nosso agro, nossos bancos e nosso PIX já estão formatados para o mundo digital 4.0. Agora falta formatar o resto.
Os exemplos citados mostram que dar um salto para o futuro não é difícil. Tanto que já estamos fazendo. E mostram que, para mudar tudo o mais a ser mudado, basta querer.
O problema é que, na linguagem do poeta, tem uma pedra no meio do caminho. Aliás, modéstia do poeta à parte, uma pedra é pouco. Tem é uma pedreira no meio do caminho. Existem privilégios demais, iniquidades demais, malvadezas demais. E tem egoísmo, pouco caso, indiferença. Daí a macambuzia constatação de que existe um sistema que não quer mudanças. Um sistema de índole perversa que, para salvar suas regalias, pouco se importaria em nos empurrar para o abismo.
Só que tem um porém: falta combinar com os russos. E a brava gente brasileira cansou. Está com pressa para ver a pátria livre. Por isso quer a mudança. Quer a metamorfose. Quer resetar o sistema caduco que está aí.
Penso que logo o Brasil vai poder trazer para o presente os versos imorredouros com que Camões saudou as descobertas lusitanas: “Cesse tudo o que a antiga musa canta que outro valor mais alto se alevanta”.
As evidências são claras. As soluções que todos ansiamos hão de vir no bojo de um novo projeto de futuro. Um projeto que as novas gerações estão idealizando e formatando pelos vastos rincões desta terra imensa e generosa. Um projeto que, vislumbro e acredito, vai resetar e fazer o “upgrade” desta nação.   
Portanto, tenham fé. Logo a mudança vai ser fogo morro acima e água morro abaixo…  

O Espantalho sem cérebro

Postado no Facebook em julho de 2025 – Publicado pelo Jornal AVS – Erechim – RS em 01/08_2025

Ninguém merece ser governado por um espantalho sem cérebro. Na história de “O Mágico de Oz”, o espantalho é famoso por não ter cérebro. Ele, porém, sabe disso e sonha em um dia conseguir seu próprio cérebro para poder pensar e ter um mínimo de noção. Já o nosso espantalho não só carece de massa encefálica como não tá nem aí. Imaginem que ele, o morubixaba do Planalto, que faz e desfaz nestes trópicos cômicos, cismou que vai fazer cara feia para assustar o BIGTRUMP, o Mega Bruxo das Taxas e Tarifas que sapecou 50% de tarifa em nossas exportações. Enquanto o mundo todo pensou, repensou e resolveu que brigar com o tal Mega Bruxo cheio de Taxas e Tarifas era coisa de quem não tem cérebro nem juízo, o nosso resolveu peitar o BIGTRUMP. Botou o chapéu de assustar passarinho na cabeça e está fazendo caretas, xingando a mãe e dando bananas. É de escachar, mas das duas uma: ou falta mesmo tutano neste espantalho sem miolo, ou ele pirou e decidiu comer o milharal de que devia tomar conta!

O TITANIC DO LULA BATEU NO ICEBERG DO TRUMP

PIB do Brasil pode perder até R$ 175 bilhões com tarifa de 50% de Trump

O Lula achava que seu governo era igual ao Titanic: poderoso e inafundável. Só que deu de bater no iceberg do Trump. E agora seu governo está afundando feito tijolo, com o casco todo arregaçado e mais furado que peneira de fubá. Enquanto o povo, coitado, jogado na água, vai ter que se virar e se agarrar onde puder para sair vivo desta.

Mas eis que o bravateiro da caatinga, espalhafatoso como sempre, agora fantasiado de espantalho com aquele chapéu de assustar passarinho, quer sair no braço com o Trump. E, na maior cara dura, quer que o Brasil vá para a briga junto com ele. E se parece pouco, o morubixaba petista quer que o Brasil afunde em seu lugar. Tem cabimento uma coisa destas?

Mas, minha gente, só quem perdeu o juízo pode imaginar que uma confrontação do Brasil com os Estados Unidos tem como terminar bem. E o povo brasileiro não é bobo para cair numa arapuca suicida destas. Convenhamos, comprar a briga do Lula com o Trump significa retroceder 20 anos, jogar no lixo milhões de empregos, perder o segundo mercado das exportações brasileiras e, suprema estultícia, perder a EMBRAER e a citricultura, posto que nenhuma das duas sobreviverá com a taxa de 50%.

O Lula tem o direito de ser beócio, mas não tem o direito de afundar o Brasil. Os brasileiros que se prezam, amam seu país e se recusam a afundar com o Titanic petista certamente vão protestar de todos os modos possíveis contra as trapalhadas do Lula que nos colocaram nesta posição humilhante.

O primeiro passo é nos manifestarmos contra o que está pegando com o Trump: os BRICS e a aloprada criação de uma moeda para concorrer com o dólar. Vamos deixar claro que de bom prá trouxa tem diferença. Vamos dizer ao Trump que temos juízo e não vamos brigar com quem tem dez vezes nosso tamanho. Ainda mais quando não temos nada a ganhar e temos muito a perder. Mãos à obra! Xô Lula!