Qualidade de vida é tudo de bom

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Montagem de fotos de dois momentos tecnológicos: Posse do Papa Benedito XVI, em 2005, e Papa Francisco I, 2013. O mar de celulares é eloquente por si mesmo. (Fotos: Luca Bruno/AP e Michael Sohn/AP, CNN)

O objetivo da tecnologia é oferecer melhor qualidade de vida. Para os nativos da era digital isto está meridianamente claro. A tecnologia digital é o seu mundo. A internet é a sua realidade. O jeito digital é o seu jeito.

Muitas pessoas das gerações anteriores, do tempo das missivas formais, do telegrama, do telex, do fax, da foto de papel, presumem que os nativos da era digital sejam obcecados por tecnologia pela própria tecnologia. Aos mais velhos, o mar de celulares que existe em qualquer espaço público parece quase alienígena. (A montagem da foto acima é ilustrativa desta diferença abissal que ocorreu em oito anos e que separa os dois flagrantes).

Estudos realizados nos Estados Unidos, pelo MIT e pela Delloite, entretanto, demonstram que os usuários de tecnologia tem perfeitamente clara a noção de que a tecnologia permite “reimaginar digitalmente” a maneira como as coisas são feitas.

Segundo estes estudos sugerem, é uma combinação de estratégia, cultura, talento e liderança que promovem o avanço das oportunidades digitais. E existe boa compreensão do processo entre os membros das gerações jovens. O pressuposto é que exista uma sociedade motivada, bem como os meios materiais e econômicos, bem como um clima de liberdade, que leve à uma aspiração coletiva pela melhoria.

No caso brasileiro, um tanto intuitivamente, é verdade, já existe a percepção do desdobramento de uma inovação. A geração digital adquire experiência diária sobre o rito de passagem de um modo analógico para sua contraparte digital. E sabe comparar os dois estágios da civilização, que é disto que se trata. Daí a impaciência com as limitações e a rigidez do modo analógico.

As gerações mais jovens não vêm razões para engolir o anacronismo. Não importa quanta conversa mole venha embalada no pacote. Preferem deixar o passado mofando no olvido e abraçar o futuro, que é onde vão viver suas vidas. Biblicamente: à esar o que é de Cesar e ao sarcófago o que é do sarcófago.

Se queremos qualidade de vida, vamos empurrar o passado para seu lugar na história. E vamos construir o futuro, que quem sabe faz a hora e não espera acontecer, certo?

O Brasil com qualidade de vida será tudo de bom.

Ceska – O digitaleiro


 

Quer mudar o Brasil para valer? Então mude!

A praga se chama “maldição do petróleo”. Países com abundância de recursos naturais, hoje predominantemente petróleo e gás, tendem a achar que a riqueza não vai terminar nunca. Não se previnem e nem se preparam. O dinheiro vem fácil e parece não ter fim. Governos populistas e inescrupulosos criam sistemas de “distribuição de riquezas” que tem o rótulo de “sociais”, mas são sistemas de compra de votos e de apoio político disfarçados.

O Brasil achou que tinha ganho o bilhete premiado com o pré-sal. Mas hoje vemos que esta riqueza não passou de ilusão.

Nosso período colonial foi cheio de ilusões desta “riqueza inesgotável”: o Pau Brasil, o ciclo do açúcar, o ciclo da borracha. O “Pré-sal” foi apenas mais um destes momentos de “felicidade geral”.

O progresso sustentável, no entanto, é feito de esforço continuado e de luta diária.

Delmiro Gouveia, o industrial nordestino que criou suas indústrias no sertão de Alagoas, já dizia que o nordestino que morava na praia não servia para a dura rotina de suas fábricas: acostumado à indolência, vivia de um peixinho que pegava na rede e do coco que caia na areia. Era o sertanejo acostumado à dureza de um ambiente inóspito que se dispunha ao labor duro e ficava feliz ao vencer as dificuldades e ver frutificar seu trabalho.

Embalados na quimera da abundância sem fim e da riqueza sem esforço, os atuais governantes do país iludem-se com o dinheiro fácil e usam os recursos públicos com a liberalidade irresponsável dos néscios. Sobretudo em politicas sociais paliativas e fins eleitorais.

Nas últimas seis décadas todos os governos que tivemos, exceto os do PT, sempre se pautaram pela crise. Ora a enfrentando com golpes de loucura, como Juscelino, Jânio ou Collor, ora com a ortodoxia dolorosa – mas eficaz – como Castelo Branco ou Fernando Henrique Cardoso, ora jogando a toalha com impotência sem ambições, como Itamar e Sarney. Todos, de alguma forma, mostravam-se conscientes da crise e do desafio que representava.

O ciclo do PT, com Lula e Dilma, foi diferente – para pior – desde o começo. Lula e Dilma são delirantes. Vindos da escola dos aloprados, voluntariosos, despreparados e pretenciosos, acreditam ambos na geração espontânea da riqueza. Na crença infame do “faz que o dinheiro pinta”.

O pior é que se acham acima das limitações humanas e dotados de poderes paranormais. Lula, que herdou de FHC um país razoavelmente em ordem e foi abençoado por uma conjuntura internacional favorável, se mostrou uma espécie de Rasputim de Garanhuns: um bruxo da demagogia capaz de dar nó em pingo d’agua com o gogó. Dilma, por seu lado, a rainha da macacheira, criou sua própria realidade paralela e vive alucinada no mundo das pedaladas. O problema é que os cidadãos do país vivem dificuldades que a realidade impõe. Parece cenário de filme de terror, mas a crise que enfrentamos não é outra coisa senão a briga com os fatos.

Cabe aos brasileiros que vivem as agruras desta realidade, tão cruel quanto desnecessária, dizerem um “basta”. Assim não é mais possível continuar.

É hora de começarmos a discutir nosso futuro de forma séria. Não apenas jogando os erros para debaixo do tapete, mas criando um alternativa real de mudança. Uma mudança feita pela sociedade, a seu jeito de ser e para seu futuro.

Não precisamos – e não QUEREMOS – mais de tutela dos políticos e burocratas. Sabemos o que queremos e como queremos. Sabemos que o futuro será digital. Que será diferente deste arranjo social feito para servir aos poderosos.

Quer mudar o Brasil para valer? Então mude!

Ceska – O digitaleiro


 

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