O salto digital

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O salto para o mundo digital nos leva para outra dimensão

Podemos saltar para o lado digital a toque de mouse. Ir para o Brasil digital com embarque imediato. A razão para mudar já é que o Brasil precisa de uma luz no fim o túnel. E todos já percebem que o país vive os momentos finais de um duplo ciclo. Um ciclo com duas dimensões: um ciclo de tempo curto, a era PT, e um ciclo de tempo longo: a era colonial, o patrimonialismo e seus efeitos residuais.

Diante do esgotamento do modelo de organização do país nos campos social, político e econômico, um novo modelo irá, necessariamente, surgir. Virá para o bem ou para o mal. Virá para melhorar ou para piorar de vez.

Se não seguirmos pelo caminho digital, o país poderá viver apenas uma reforma do sistema atual, uma evolução em aspectos limitados, que significa mais impostos, mais demagogia, mais desperdícios e mais miséria, no lugar de mais desempenho, criando um novo ciclo de tempo curto. Existe o risco real de uma “bolivarização” ou “argentinização” que significaria jogar o século XXI no lixo.

Igualmente nefasto, o ciclo longo continuará intocado, conservando os mesmos males como patrimonialismo e corrupção, que sempre mantiveram o Brasil num Estado de crise crônica

Por outro lado, se fizer a opção pelo caminho digital, poderá abraçar um modelo disruptivo, revificador, unindo e mobilizando a sociedade para construir uma nova plataforma de prosperidade, revendo tudo o que está errado no modelo atual.

A adoção extensiva das novas tecnologias digitais permitirá criar um Estado mais próximo e mais ao lado do povo, mais eficiente, mais barato e mais funcional.

Então precisamos refletir sobre o Brasil possível no novo milênio. Sobre o papel reservado aos brasileiros na transformação do país e na importância do protagonismo das novas gerações. O Foco deve ser centrado em alternativas e soluções. Elas existem e estão mais próximas do que muitos imaginam, mas, certamente, não estão no velho truque de usar maquiagem para fantasiar o novo e fazer mais do mesmo.

A premissa é que, na medida em será preciso ir fundo nas mudanças a serem feitas para o país voltar aos trilhos, o melhor é fazer a transformação necessária para vacinar o país contra a corrupção e os desmandos. Isto é possível com as ferramentas de pesos e contra pesos e transparência que e viria no bojo da reforma digital.

E, no processo da reforma, engajar a nação para, todos em conjunto, fazerem as mudanças segundo o espírito do terceiro milênio. Como a geração digital conhece o caminho, não temos razão para temermos mudanças na direção do futuro.

Mesmo que nem todos concordem com os rumos e métodos da era digital, a esmagadora maioria dos brasileiros quer que o país mude.

A maioria compreende que sem avanços o progresso será impossível. Sem mudanças ficaremos como nau sem rumo e sem vento. E as mudanças que estão aí, que vem em ondas avassaladoras, gostemos ou não, podem ser aproveitadas e nos oferecer a oportunidade com que sonhamos.

O Brasil é parte de um planeta em mudança de paradigma. Vivemos em uma era fascinante em que, pela primeira vez em toda uma história de bilhões de anos, a nossa espécie – o “homo sapiens” – está criando uma cultura de convivência online globalmente conectada.

E o Brasil, atualmente um coadjuvante neste movimento, pode dar o salto digital e se tornar um dos atores principais e liderar este processo transformador aplicando a tecnologia digital de forma sistemática para criar um governo totalmente integrado e online. E, com isto, queimar etapas e avançar décadas em poucos anos.

Ceska – O digitaleiro


 

O Brasil que ama o atraso

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O governo no Brasil ainda é organizado como no tempo do Lampião

É espantoso como gostamos de um atraso nestas paragens cheia de calor, sol e mar. Delmiro Gouveia, o pioneiro industrial do nordeste, até achava que tanto calor, sol e mar justificava a cultura modorenta dos que viviam na costa tépida dos trópicos.

O fato é que, em pleno século XXI,  o Brasil ainda está politicamente organizado como no tempo do lampião de gás e do telefone de manivela.

O que as novas gerações digitais do Brasil podem fazer é reorganizar o país segundo as tecnologias contemporâneas, dando um salto de duzentos anos em um curto espaço de dois a três anos.

Certamente, a tarefa mais importante é mobilizar a sociedade. Falando francamente, sem a sociedade engajada, não tem jogo.

Felizmente, engajando as novas gerações e dando a elas a oportunidade de fazerem o Brasil se tornar a primeira nação verdadeiramente digital do planeta, a resposta será entusiástica.

O jovens estarão à altura do desafio. As mobilizações de rua provam isto. As experiências bem sucedidas, como o “Campus Party” e outros eventos ligados às novas tecnologias digitais mostram que se pode esperar uma adesão entusiástica das novas gerações. Assim que entenderem o chamamento da história, não há duvida de que serão tomadas de entusiasmo e de fervor patriótico.

Depois de anos vendo o país se afundar no charco dos velhos conchavos políticos e tendo renovadas suas esperanças, milhares irão para às ruas. Mas agora não mais para protestar e sim para celebrar esperanças e apoiar o caminho da saída digital.

Parar dizerem “presente” e, mais do que isto, aderirem ao grande mutirão nacional pela digitalização. As novas gerações sabem que podem. Sabem como, e estão ansiosas por fazer.

Pergunte a qualquer jovem de celular na mão se ele está disposto a ajudar arrumar o Brasil de uma vez por todas. O sim virá unânime. Os jovens não temem abraçar o futuro.

Portanto, vale repetir que o Brasil tem jeito e o jeito é digital.

Ceska – O digitaleiro